QUER VOAR ALTO? COACHING E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NO AMBIENTE JURÍDICO

Quando o assunto é Coaching de executivos e desenvolvimento de competências no ambiente jurídico, além do modelo mental do Coachee (cliente) ser trabalhado constantemente para que se consiga antecipar e vencer obstáculos e contratempos cotidianos, persistir e aprender através de feedbacks realistas e construtivos, e acima de tudo encontrar ensinamentos e inspirações a todo tempo, o profissional do Direito que já trabalha naturalmente sob stress, sob pressão – no mínimo – dos seus clientes e dos seus prazos processuais, precisa ter um aliado neste cenário por vezes caótico, e nada melhor do que contar com o apoio de um Coach para alavancar seu desenvolvimento profissional.

Sabemos que para desenvolver e aprimorar competências no âmbito jurídico o auxílio de um bom Coach que também conheça as nuances da área de atuação do Coachee é valioso. Gosto também de reforçar que o Coach é aquele profissional que te ajuda a persistir mesmo diante dos contratempos da vida, te auxilia a pensar de forma inovadora e ao mesmo tempo realista, visando – através de um trabalho estruturado e com metodologia coerente e investigativa – o seu progresso contínuo na caminhada, passo a passo, para o seu sucesso. Sem dúvida, uma relação de energia de construção entre você e seu Coach deve ser estabelecida desde o primeiro contato e acredito ser um dos pilares de um programa de Coaching de excelência.

Neste post, tomo a liberdade de te convidar a refletir comigo sobre algumas competências que podem ser cruciais para que a carreira de um profissional do ramo jurídico decole:

1. ESCUTA ATIVA E EXCELÊNCIA NA RESPOSTA: boas habilidades de escuta são cruciais para uma comunicação jurídica eficaz. Quando os clientes são realmente ouvidos, eles se sentem compreendidos e se posicionam de forma mais confiante perante a situação e ao mesmo tempo sentem que são o foco da questão para você. Para se conectar com seus clientes, escute efetivamente, não apenas para responder, mas para compreendê-los e auxiliá-los. Vale lembrar que profissionais do Direito são treinados para – muitas vezes – antecipar o que vai ser dito, e como resultado não sentem a necessidade de ouvir atentamente a seus clientes. Faça uma autorreflexão neste momento e teste suas habilidades de escuta. Proponho um exercício diário quando estiver com clientes (seus ou em potencial): a) coloque toda sua atenção no seu cliente e seja cauteloso para não interromper as narrativas do mesmo; b) procure por expressões faciais e emocionais durante toda a narrativa; c) não se preocupe em dominar o assunto e tentar dar uma resposta antes do final da conversa, porque afinal uma boa capacidade de escuta inclui uma dose de silêncio e uma dose de intuição; d) reflita e pondere antes de dar qualquer resposta, e se não tiver um posicionamento definido na mesma hora, melhor certificar-se primeiro sobre a excelência da sua resposta. Escutar atentamente talvez seja o primeiro passo a considerar: e como saber? Se questione e pratique!
2. CURIOSIDADE E FLEXIBILIDADE: uma das competências essenciais que um executivo do Direito necessita para seu sucesso é além de estar aberto a muitas maneiras diferentes de olhar para um problema, ser flexível e criativo o suficiente considerando diversas opções, idéias, estratégias e linhas de ação para cada caso. No Coaching de Liderança, por exemplo, onde focamos no desenvolvimento profissional de excelência como um hábito diário, sugerimos que nossos Coachees trabalhem de forma a utilizar questões mais abertas e provocativas para auxiliar seus clientes a trazerem para o cenário respostas mais apropriadas, e por vezes, inusitadas mas extremamente complementares ao caso. Vale a pena após uma escuta ativa questionar seus clientes como um Coach o questionaria em uma sessão de Coaching: “O que você acha disso?” ou “Quando isso aconteceu, como você reagiu?”, ou ainda, “Onde você estava neste momento?”, ao invés de simplesmente ir direto ao assunto com um questionamento por vezes muito direto e até repulsivo por parte do cliente, quando utiliza-se apenas o “Por quê?”. Agora, faça o teste e conclua você mesmo quantas oportunidades se abrem a partir do momento que você inclui no seu dia a dia esta técnica fantástica de questionamento aberto que o Coaching traz até você. Pratique algumas dessas sugestões de questionamento investigativo adicionando curiosidade e flexibilidade no seu dia a dia como profissional do Direito: o resultado pode ser surpreendentemente bom!
3. VALOR AGREGADO E PERSUASÃO: cobrar pelos seus serviços é um item crucial no dia a dia do profissional jurídico. Muitas vezes esta habilidade de saber como bill your hours de forma eficaz, está diretamente ligada ao fator cultural ou ainda à autoestima e autoconfiança do indivíduo. Algumas sessões de Coaching podem ser uma boa alternativa; outras vezes pode ser uma questão de um treinamento mais detalhado, onde exercícios contínuos no dia a dia do Coachee se fazem necessário por um período mais longo, afinal cada um tem seu tempo. Mas antes de trabalhar esta ou aquela competência, reflita: você está priorizando? Qual competência efetivamente trará um retorno mais positivo neste momento da sua carreira e vida como um todo? Reflita e também se certifique de que a sua mensagem está sendo transmitida de forma clara, sucinta e de que você está sendo bem compreendido pelo seu público e de uma maneira geral consegue utilizar o poder da persuasão ao seu favor, porque cá entre nós: a ética já nos pontua que para cobrar é preciso entregar! E por que não entregar excelência e receber por isso? Pense na sua carreira e na sua carteira de clientes a longo prazo. Valor agregado aliado ao poder de persuasão: uma receita que envolve competências cruciais a serem desenvolvidas na carreira jurídica.
4. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E EXCELÊNCIA TÉCNICA: na medida do possível, conduza suas discussões importantes quando você estiver se sentindo bem confiante, seguro de si e de sua excelência técnica na sua respectiva área de atuação. Esteja também bem preparado emocionalmente, e se possível antecipando eventuais obstáculos internos e externos que possam surgir em cada momento, em cada situação. E faça um exercício prático, imaginando dentro de uma determinada situação, o que você pode controlar, o que exatamente está no seu campo de atuação, no seu controle efetivo e mãos à obra: se necessário para se sentir mais seguro, faça um ensaio em voz alta – acredite, pode ser a chave para aquela porta que a tempos você queria abrir! E lembre-se de não deixar que as emoções descontroladas tomem conta da sua conversa ou da sua rotina, mantendo o seu foco na sua meta. Um self talk também pode auxiliar: “O que eu quero desta reunião?” ou ainda “Quando eu me descontrolei da última vez, o que ganhei com isso?”. A inteligência emocional pode e deve ser trabalhada, pois afinal de contas, capacidade de se autocontrolar e manutenção do equilíbrio só agrega valor a sua carreira, certo?

Este assunto é verdadeiramente inesgotável e muitas são as competências que permeiam o ambiente jurídico e seus profissionais. O Coaching traz invariavelmente num primeiro momento um maior autoconhecimento e uma maior autorreflexão para o dia a dia do profissional, auxiliando-o assim na sua prática diária e em sua vida como um todo. Num segundo momento, dependendo das prioridades de cada Coachee, as competências podem variar desde um desenvolvimento das habilidades autodisciplina e autodeterminação até, quem sabe, um maior foco na entrega do produto final ou ainda aprimorar a sua gestão frente à ambiguidades e diversidade cultural dentro do seu ambiente profissional.

Finalizo este post convidando você a se conectar a este mundo de ferramentas e oportunidades essenciais ao seu desenvolvimento profissional: o Coaching é uma excelente alternativa no desenvolvimento de competências e auxílio nos processos de autoconhecimento, mudança atitudinal e construção de um futuro de excelência, também no ambiente jurídico; experimente.