As Novas Habilidades e o Mercado Jurídico
O ano? 2020. Estamos vivendo um momento crucial para o desenvolvimento futuro de líderes dos vários nichos de mercado e a influência na educação das mentalidades de liderança. Em especial abordo neste artigo o mercado jurídico e as habilidades necessárias para a evolução sustentável de seus profissionais e da indústria como um todo.
Vale ressaltar que recentemente fui co-autora do e-book “Guia em Bio-Liderança” voltado para o mercado internacional e que justamente aborda a importância de enxergarmos – na prática – a necessidade de um mercado mais colaborativo frente a realidade atual em que vivemos e dentro de um mindset de gestão social-eficiente, com foco em negócios sustentáveis e dentro de uma liderança inteligente, as chamadas “soft skills”, que juntos nos levam para o sucesso crescente não apenas de nossos negócios, mas de nossas vidas em geral.
Existem peculiaridades dentro de uma determinada profissão (ou mercado) que precisamos levar em conta. Aqui, especialmente quando o assunto trata-se de colaboração entre profissionais jurídicos e desenvolvimento de um mindset inteligente, com foco na inteligência emocional e relacional, tudo isso aliado a uma excelente prestação de serviços jurídicos centrados no valor ao cliente, nos questionamos – o que de fato – precisamos focar daqui pra frente.
No recente artigo da Forbes “Habilidades e educação para profissionais do direito nos anos 2020” (versão do Inglês ao Português, livre), o autor Mark Cohen nos presenteia com seu raciocínio lúcido – e instigante – sobre o tema das novas habilidades no mercado jurídico:
“Para a maioria dos advogados, o conhecimento jurídico se tornará uma habilidade a mais, não mais uma prática. A prática do direito, definida de forma ampla e exclusiva por advogados, agora é em grande parte uma determinação orientada ao consumidor – especialmente no segmento de mercado corporativo. As atividades práticas estão encolhendo e os negócios de prestação de serviços jurídicos estão em expansão. Alguns motivos incluem: necessidade do cliente de análise holística multidisciplinar, orientada por dados, que exige outras habilidades e competências profissionais; automação; a “produtivização” de serviços jurídicos; o surgimento de operações legais; e, em algumas jurisdições, a re-regulação. A distinção entre prática jurídica e negócios de prestação de serviços jurídicos é mais do que semântica. Envolve diferentes habilidades e mentalidades que afetam a educação e o treinamento em direito. No Reino Unido, por exemplo, a lista de “serviços reservados” que exigem advogados licenciados foi reduzida a seis categorias. A partir de 2021, os candidatos que participam do Exame de Qualificação de Solicitadores (SQE), não precisam mais frequentar a faculdade de direito.”
Como você encara essa realidade? Disruptiva e/ou necessária e compreensiva? Atuando no mercado global com profissionais do Direito e sendo uma, entendo as frustrações, mas gosto sempre de lembrar que há tempos o conjunto das “soft skills” são parte integrante de nossos treinamentos “lawyer-to-lawyer”, aqui na Brain U Coaching.
Em outras palavras, nós advogados(as) precisamos e devemos ser mais leves, compreendendo melhor a aplicabilidade da tecnologia nos negócios dos clientes, praticando a empatia cognitiva aliada a entrega legal. A hora é essa para advogados(as) compreenderem que a atividade colaborativa faz parte do jogo, e torna a habilidade adaptabilidade mais importante do que nunca, porque como enfatiza Cohen, no artigo mencionado acima: “[…] a lei não é mais sobre advogados; é sobre clientes”.
Você está pronto(a) para esta nova realidade do mercado? Lembre-se que esta leitura foi o primeiro passo (adquirir conhecimento), para que então possa subir para o próximo degrau (autoconhecimento) dentro de um processo de Coaching de liderança, para que mapeando seus pontos fortes, de crescimento, valores e necessidades, possamos – juntos – desenvolver as suas habilidades daqui pra frente, planejando e agindo, para que você seja também – um novo profissional do amanhã, ainda hoje.
Por Fernanda Cristina Alem Freitas (Fernanda Alem)